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sábado, 17 de março de 2012

A História do Sapato!


O sapato é tão importante como a roupa que vestes.
Sapato é a peça do vestuário que tem a finalidade de proteger os pés.
Hoje, esta peça transcedeu sua finalidade inicial e serve como acessório de moda, tendo também uma função social.

Existem evidências que a história do sapato começa a partir de 10 mil a.C., ou seja, no final do Paleolítico, pois pinturas desta época, em cavernas na Espanha e no sul da França, fazem referência ao calçado.

Ficheiro:Hallstatt 5924.JPG

Este sapato de couro de 800 a 400 a.C. no Museu Hallstatt, na Áustria.

No Egito Antigo, entre 3.100 a.C. e 32 a.C., apenas os nobres usavam sandálias de couro. Os faraós usavam calçados deste tipo adornados com ouro.
Os gregos, que criaram os preceitos fundamentais da civilização ocidental, mostraram vanguarda não só na filosofia, na ciência e na política, mas também na moda: estudos mostram que alguns chegaram a usar um modelo diferente em cada pé.

Durante o Império Romano, os calçados denunciavam a classe ou grupo social do indivíduo.
Os senadores utilizavam sapatos em cor marrom, em modelos que amarravam na panturrilha por quatro tiras de dois nós.

Para os cônsules romanos a cor indicada era o branco.
Os calçados das legiões eram as botas de cano curto.

Mulheres calçavam sapatos brancos, vermelhos, verdes ou amarelos.
Na Idade Média, a maioria dos sapatos tinha a forma das atuais sapatilhas. Eram feitas de couro. Nobres e cavaleiros usavam botas de melhor qualidade.

O rei Eduardo (1272-1307), da Inglaterra, padronizou a numeração dos sapatos.

No mesmo país, em 1642, há o registro da primeira produção "em massa" de sapatos em todo o mundo: Thomas Pendleton fez quatro mil pares de sapato e 600 pares de botas para o Exército.

Durante a Revolução Industrial, no início no século XVIII, na Inglaterra, as máquinas passaram a produzir calçados em larga escala.

O sapato no Brasil

Era utilizados somente como proteção dos pés, com a vinda da côrte portuguesa ao Brasil, em 1808, o comércio sofreu um incremento e os costumes europeus, passado o sapato a fazer parte da moda.
Nesta época os escravos eram proibidos de usar sapatos, mas quando conseguiam a liberdade, compravam um par de calçados como símbolo da nova condição social.

Como muitos não se acostumavam a usá-lo, viravam objeto de decoração ou de prestígio, carregando-os, orgulhosamente, nos ombros ou nas mãos.
Apesar de existerem várias sapatarias no Rio de Janeiro para atenderem o mercado da alta sociedade local, o calçado normalmente era importado da Europa.

No final do século XIX o modelo básico do calçado era a botina fechada de camurça, de pelica ou de seda para as mulheres mais abastadas, e os chinelos para o restante da população feminina.

Nas décadas de 1910 e 1920 o modelo de sapato feminino mais usado no Brasil era o borzeguim ou a botina, evitando os pés expostos, mesmo que os vestidos já tivessem subido seu comprimento.

No pós-guerra houve uma mudança muito grande na maneira de vestir e de calçar.

A mulher passou a sair às ruas, praticar esportes e cuidar do corpo, sendo o tênis inventado nessa época. Além disso, como os vestidos encurtaram, os sapatos ficaram mais à mostra, aumentando a preocupação com a estética do calçado.

Com a crescente industrialização, a confecção de calçados expandiu-se, barateando os preços.
A implantanção de rodovias facilitou ainda mais o acesso de melhores calçados à população.

No começo do século XX a industrialização do Rio Grande do Sul, junto com a proximidade de matéria-prima, o couro, contribui para a criação de um pólo coureiro-calçadista em Novo Hamburgo, dando início à várias indústrias como as de Pedro Adams Filho. No decorrer do século XX, com a grande expansão industrial do Estado de São Paulo e o crescimento do país, surgiram novos pólos calçadistas no Brasil, como o da cidade de Franca, especializado em calçados masculinos, e o de Birigui, especializado em calçados infantis. A região em torno da cidade de Novo Hamburgo, chamada de Vale dos Sinos, hoje, pode ser considerada a "megalópole do calçado" do Brasil, concentrando mais de 20 municípios especializados na confecção de calçados femininos.

Sapatos Brasileiros

MADE IN BRASIL

Luiz Alberth, fundador da marca Satryani e designer de calçados há mais de 30 anos, já desenvolveu coleções para marcas renomadas nacionais e internacionais. Iniciou sua carreira em Sapiranga, no sul do Brasil, e hoje é responsável exclusivo pelo desenvolvimento e criação da coleção da marca Satryani, além de cuidar e acompanhar de perto a produção de todos os produtos da sua empresa.

A pesquisa e a busca de novidades tornam-se, primeiramente, o foco principal do seu trabalho, pois através disso estabelece conceitos, formas, estilos e combinações, agregando autenticidade e originalidade à suas idéias.

Com sofisticado design autoral, consegue dar um toque único e particular a todas as criações, buscando sempre perfeição de linhas e acabamentos, transformando os calçados em verdadeiros objetos de desejo para as mulheres do mundo todo.

O sapato em Portugal


Portugal tem uma enorme indústria de calçado, de alta qualidade.

Várias marcas de qualidade internacionais utilizaram,
 (e continuam a usar) as fábricas de calçado portuguesas para fazer os seus sapatos, melhorando a capacidade técnica dos industriais.

Nos últimos anos, verificou-se um acentuado crescimento das marcas e design próprio, apoiado também pela iniciativa particular e pelo Estado, com a criação de centros de design e centros tecnológicos, levando a fabricação e qualidade dos sapatos portugueses a patamares superiores.

A indústria de calçado em Portugal, está concentrada principalmente no norte do país, nomeadamente
em Felgueiras e São João da Madeira,
distrito do Porto e Aveiro repectivamente.

Nestes concelhos, os industriais têm apostado, sobretudo na inovação e na qualidade dos seus produtos.

Felgueiras caracteriza-se pela produção de calçado de homem e S.J.Madeira pelo calçado de senhora onde a moda tem maior relevo.
Com o aparecimento de outros países a fabricarem calçado (China, Índia e outros), a industria Felgueirense "abanou" um bocado mas, fruto do esforço dos fabricantes e dos seus colaboradores e também devido à alta qualidade do produto, conseguiu-se amenizar esse "abanão" que a industria levou neste concelho de Portugal.
Felgueiras representa 50% da indústria do calçado em Portugal.

MADE IN PORTUGAL

Os sapatos da empresa de calçado em Santa Maria da Feira, a Ferreira Avelar, pisaram Hollywood na cerimónia de entrega dos Óscares, que decorreu na passada semana no Kodak Theatre.

Ao todo havia pelo menos 18 famosos a calçar sapatos portugueses da Ferre, a recém lançada marca da empresa.

Sapatos portugueses são 11.º nas exportações mundiais e chegam ao pódio dos mais caros.


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